Metáforas

25 de agosto de 2014.

Bom dia, este texto é um pouquinho longo mas uma delicia de ler e com certeza traz uma reflexão muito interessante, por isso convido você a usar alguns instantes do seu tempo e ler com carinho o texto que segue.                               
                                      O Caso do Espelho




Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata.

Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos:

- Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?

- Isso é um espelho - explicou o dono da loja.

- Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.

Os olhos do homem ficaram molhados.

- O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante.

O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.

- É não! - respondeu o outro. - Isso é o retrato do meu pai. É ele, sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?

O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho

Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.

A mulher ficou só olhando.

No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.

- Ah, meu Deus! - gritava ela desnorteada. - É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!

- Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.

- Que foi isso, mulher?

- Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?

- Que retrato? - perguntou o marido, surpreso.

- Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!

O homem não estava entendendo nada.

- Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito:

- Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?

A discussão fervia feito água na chaleira.

- Velho lazarento coisa nenhuma! - gritou o homem, ofendido.

A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa.

- Que é isso, menina?

- Aquele cafajeste arranjou outra!

- Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada.

- Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher!

A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato.

Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada.

- Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e desdentada que eu já vi até hoje!

E completou, feliz, abraçando a filha:

- Fica tranqüila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!


E então, o que achou?


Incrível como muitas vezes ao olhar no espelho não reconhecemos quem somos. Isso é muito comum, pelo simples fato de sermos moldados pela vida a sermos pessoas adequadas as situações e as relações, mas muitas vezes deixamos de lado quem somos e esquecemos e nos afastamos da nossa essência. Pense sobre isso, olhe por alguns instantes no espelho...





10 de março de 2014.


A Colecionadora


Certo dia um garotinha estava sentada assistindo TV quando um comercial lhe chamou a atenção, não pelo produto que buscava vender em si, mas sim por uma palavra que o locutor disse ao final da propaganda: Colecione!! 




Uma palavra que ela nunca tinha ouvido e, como curiosa que sempre foi, correu perguntar a sua mãe o que significava aquela nova palavra.

- Mãe o que é colecionar? Perguntou a garota.

- Colecionar é quando você escolhe algo que tem semelhanças para acumular. Por exemplo quando eu tinha a sua idade colecionava papéis de carta, qualquer papel para carta que via não importava se era com desenho , ou colorido eu guardava, aliás tenho esta pasta até hoje, você quer ver? Disse a mãe.

- Quero sim mãe. – respondeu a menina muito interessada.

A mãe foi ao quarto e trouxe a pasta. A menina sentou-se e dedicou seus próximos 10 minutos a admirar uma coleção. Ficou encantada como podia existir tantas coisas diferentes e parecidas ao mesmo tempo. Tomou uma decisão:

- Mãe eu serei uma grande colecionadora! Disse a menina.

A mãe sorriu e disse:

- Legal, mas o que você vai colecionar? Perguntou a mãe.

- Irei colecionar muitas coisas..... e saiu planejando sua primeira coleção....

Os anos se passaram e a decisão tomada se manteve, a menininha passo a vida a colecionar coisas, desde borrachas, selos, a obras de arte se tornado a maior colecionadora do mundo.

Neste momento , já uma mulher, a vida ficou estranha, ela tinha colecionado tudo que desejava e hoje um imenso vazio tomava conta dela. Poxa o que será que faltava? 



Então a mãe , já bem idosa, chamou sua filha para uma conversa.

- Você se lembra do dia em que você decidiu ser uma colecionadora? Perguntou a mãe.

- Sim, claro que me lembro, você me mostrou a sua coleção de papéis de carta. Fiquei encantada com cada um deles.

- É foi este momento sim, mas gostaria de que olhássemos aquela pasta de novo pode ser? Disse a mãe.

- Puxa mãe eu também colecionei papeis de carta e a minha coleção é 10 vezes maior que a sua, para que olhar aquilo de novo? Disse a filha.

- Por favor, insistiu a mãe.

A filha meio contrariada decidiu gastar um pouco de seu tempo com a mãe que já estava idosa e talvez meio caduca.

A mãe foi ao quarto pegou a pasta e disse: Esta foi a minha única coleção mas que alimentei pela vida toda. Ela abriu a primeira página e mostrou o primeiro papel de carta.

- Este papel foi o primeiro de muitos e o dia que o ganhei da minha mãe ela me disse : que este seja o primeiro papel em que você registre sua história, as tristezas e alegrias que virão. Naquele dia decidi que iria colecionar papeis de carta e que os achava muito lindos para escrever mas sei exatamente o significado que tem cada um deles. Cada um representa um momento da minha história. Uma vitória, uma derrota, um amor, uma decepção, um ganho e uma perda. Nesta pasta não estão apenas papeis de carta , esta pasta é a maior coleção no mundo, a coleção dos momentos que vivi, cada um deles e hoje posso olhar e preencher meu coração com cada momento sempre que quiser.

A filha olhou para a mãe com os olhos cheios de lágrimas e disse:

- Você pode me ajudar a fazer a maior coleção da minha vida?

- Sim.

E ali ficaram as duas por horas relembrando tudo que haviam vivido.

Fabiana de Thomaz França Oliveira
 




06 de fevereiro de 2014.


Quem decide suas ações?

Um colunista conta uma estória em que acompanhava um amigo à uma banca de jornais.

O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro.

Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro.

Quando os dois amigos desciam pela rua, o colunista perguntou:

- Ele sempre te trata com tanta grosseria?

- Sim, infelizmente foi sempre assim...

- E você é sempre tão polido e amigável com ele?

- Sim, procuro ser.

- Por que você é tão educado, já que ele é tão inamistoso com você?

- Por que não quero que ele decida como eu devo agir.

Nós é que decidimos como devemos agir e reagir - não os outros!


29 de outubro de 2013.


Clube 99


Era uma vez um rei muito rico.
Tinha tudo. Dinheiro, poder, conforto, centenas de súditos.


Ainda assim não era feliz.
Um dia, cruzou com um de seus criados, que assobiava alegremente enquanto esfregava o chão com uma vassoura. Ficou intrigado. Como ele, um soberano supremo do reino, poderia andar tão cabisbaixo enquanto um humilde servente parecia desfrutar de tanto prazer?
- “Por que você está tão feliz?”, perguntou o rei.
- “Majestade, sou apenas um serviçal. Não necessito muito. Tenho um teto para abrigar minha família e uma comida quente para aquecer nossas barrigas”.


O rei não conseguia entender. Chamou então o conselheiro do reino, a pessoa em que mais confiava.
- “Majestade, creio que o servente não faça parte do Clube 99″
- “Clube 99? O que é isso?”
- “Majestade, para compreender o que é o Clube 99, ordene que seja deixado um saco com 99 moedas de ouro na porta da casa do servente”.
E assim foi feito.
Quando o pobre criado encontrou o saco de moedas na sua porta, ficou radiante. Não podia acreditar em tamanha sorte. Nem em sonhos tinha visto tanto dinheiro.


Esparramou as moedas na mesa e começou a contá-las.
-”…96, 97, 98… 99.”
Achou estranho ter 99. Achou que poderia ter derrubado uma, talvez. Provavelmente eram 100. Mas não encontrou nada. Eram 99 mesmo.
Por algum motivo, aquela moeda que faltava ganhou uma súbita importância.
Com apenas mais uma moeda de ouro, uma só, ele completaria 100.
Um número de 3 dígitos! Uma fortuna de verdade.
Ficou obcecado por completar seu recente patrimônio com a moeda que faltava.
Decidiu que faria o que fosse preciso para conseguir mais uma moeda de ouro. Trabalharia dia e noite. Afinal, estava muito muito muito perto de ter uma fortuna de 100 moedas de ouro. Seria um homem rico, com 100 moedas de ouro.
Daquele dia em diante, a vida do servente mudou.
Passava o tempo todo pensando em como ganhar uma moeda de ouro. Estava sempre cansado e resmungando pelos cantos. Tinha pouca paciência com a família que não entendia o que era preciso para conseguir a centésima moeda de ouro. Parou de assobiar enquanto varria chão.
O rei percebeu essa mudança súbita de comportamento e chamou seu conselheiro.


- “Majestade, agora o servente faz, oficialmente, parte do Clube 99″.
E continuou:
- “O Clube 99 é formado por pessoas que têm o suficiente para serem felizes, mas mesmo assim não estão satisfeitas. Estão constantemente correndo atrás desse 1 que lhes falta. Vivem repetindo que se tiverem apenas essa última e pequena coisa que lhes falta, aí sim poderão ser felizes de verdade. Majestade, na realidade é preciso muito pouco para ser feliz. Porém, no momento em que ganhamos algo maior ou melhor, imediatamente surge a sensação que poderíamos ter mais. Com um pouco mais, acreditamos que haveria de fato, uma grande mudança. Só um pouco mais. Perdemos o sono, nossa alegria, nossa paz e machucamos as pessoas que estão a nossa volta. E o pouco mais, sempre vira… um pouco mais. O pouco mais é o preço do nosso desejo.”
E concluiu:
--- “Isso, majestade… é o Clube dos 99"

O Grande detalhe é que a maioria procura este 1 no mundo e ele precisa ser encontrado dentro de nós.
Conhece a ti mesmo...



15 de outubro de 2013.

Julgamento

Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuía um lindo cavalo branco. Numa manha ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. Os amigos disseram ao velho:
- Mas que tristeza, seu cavalo foi roubado!


E o velho respondeu:
- Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.
As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso: ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente as pessoas se reuniram e disseram:
- Velho você tinha razão. Não era mesmo uma tristeza, e sim uma benção.


E o velho disse:
- Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma benção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta.
O velho tinha um único filho que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:
- E não é que você tinha razão, velho? Foi uma tristeza seu único filho perder o uso das duas pernas. 
E o velho disse:
- Mas vocês estão obcecados por julgamentos hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isso é uma tristeza ou uma benção.
Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar menos o filho do velho.



Quem é obcecado por julgar, cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas. Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina outro começa, quando uma porta se fecha outra se abre. Assim é o curso da vida.

26 de setembro de 2013.

Quanto você vale?

- Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais? 



O professor, sem olhá-lo, disse: 

- Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver o meu próprio problema. Talvez depois. 

E fazendo uma pausa, falou: 

- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar. 

- C...claro, professor, gaguejou o jovem, que se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse: 

- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. Vá e volte com a moeda o mais rápido possível. 



O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saíam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas. 

Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou. O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação e seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos. Entrou na casa e disse: 

- Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel. 

- Importante o que disse, meu jovem, contestou sorridente o mestre. - Devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vendê-lo e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel. 

O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou-o com uma lupa, pesou-o e disse: 

- Diga ao seu professor, se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel. 

O jovem, surpreso, exclamou: 

- 58 MOEDAS DE OURO!!! 

- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo poderia oferecer cerca de 70 moedas , mas se a venda é urgente... 

O jovem correu emocionado para a casa do professor para contar o que ocorreu. 

- Sente-se, disse o professor, e depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou, disse: 

- Você é como esse anel, uma jóia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor??? 

E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo. 

- Todos somos como esta jóia. Valiosos e únicos e andamos pelos mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.



Autor desconhecido.




 19 de setembro de 2013.
CONHECE-TE A TI MESMO



"Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez desafiou um mestre Zen a explicar os conceitos de céu e inferno. Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:

- Não passas de um bruto... não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:
- Eu poderia te matar por tua impertinência.
- Isso - respondeu o monge - é o inferno.
Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominava, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a revelação.
- E isso - disse o monge - é o céu."

A súbita consciência do samurai sobre seu estado de agitação ilustra a crucial diferença entre alguém ser possuído por um sentimento e tomar consciência que está sendo arrebatado por ele. A recomendação de Sócrates - "conhece-te a ti mesmo" - é a pedra de toque da inteligência emocional: a consciência de nossos sentimentos no momento exato em que eles ocorrem.



Retirada do livro Inteligência Emocional (Daniel Goleman) Capítulo 4 (Conhece-te a ti mesmo, pág. 70)



22 de julho de 2013

Desafio

Conta-se que no inicio dos tempos, Deus tinha sua morada na Terra, entre os humanos. A Amizade entre eles era muito estreita, sempre se visitavam e trocavam idéias sobre as coisas e os seres de sua criação.

Certa vez um Agricultor disse a Deus:
-" Sabe Deus, você realmente fez as coisas muito interessantes e bonitas, mas com relação a arte do cultivo, sinto em dizer que você não é dos melhores. Às chove demais, outras vezes vem a seca ou o sol não é suficiente para fazer crescerem plantas".



Deus respondeu:
-"Aceito sua crítica Amigo, mas gostaria que você me apontasse uma solução, uma vez que me julga pouco competente para agricultura".

-"Pois tenho uma sugestão", respondeu o agricultor,"deixe-me encarregado do clima por um ano; sei do que as plantas precisam e você verá como funciona melhor".

Deus imediatamente concordou com a sugestão e comunicou às forças da natureza que durante aquele ano não seria Ele o responsável por  controlá-las, mas sim o agricultor.

Durante todo o ano o clima foi excelente para o crescimento das plantas. Chuva e sol na medida certa, ventos suaves, temperaturas amenas. O Agricultor cultivou um grande campo de milho. Os pés cresciam rapidamente e logo apareceram espigas enormes.



No dia da colheita, o Agricultor, satisfeito consigo mesmo, chamou Deus para testemunhar. Vaidoso, colheu uma espiga e abriu-a solenemente. Mas para seu espanto não havia um único grão de milho em seu interior. Arrancou outra e mais outra e sempre a mesma surpresa desagradável: no interior das espigas nenhum mísero grão.

O Agricultor sem compreender o que se passara peguntou a Deus:
-"Mas Deus, o que houve? Tudo estava perfeito, como se explica isso?"

Deus, serenamente respondeu:
-"A questão meu bom amigo, é que a essência de todas as coisas necessita de desafios para desenvolver. Às vezes, ventos arrebatadores, chucas torrenciais e secas precisam entremear-se ao clima aprazível. Somente assim a essência se manifesta e pode crescer forte e saudável. No caso do milho, os grãos são a essência; no caso dos homens e mulheres, o coração é a essência. Portanto, meu bom amigo nunca se esqueça, os desafios da vida não existem por capricho de Deus, mas pela necessidade da criatura."


Autor desconhecido

Para iniciar a semana refletindo....





10 de julho de 2013              

Agir...

Era uma vez um escritor, um homem muito sábio. Todos as dias ele caminhava pela praia em busca de quietude e inspiração.

Um dia em uma de suas caminhadas avistou ao longe um vulto de alguém que parecia dançar. Curioso apertou o passo para chegar mais perto e descobrir o que estava acontecendo. Ao se aproximar avistou um jovem rapaz, que abaixava, pegava algo na areia  e fazia um movimento com as mãos em direção ao mar. O homem achou aquele movimento estranho, se aproximou ainda mais e perguntou ao rapaz:



- " O que esta fazendo meu jovem?"
-" Jogando estrelas na água do oceano...o sol esta a pino, e se não fizer isso elas morrerão".
- " Isso não faz diferença...há milhões de estrelas, milhões de praias"... e continuou a dança acrescentando:
- Faz a diferença para ESSAS "....
O poeta ficou confuso. Saiu caminhando a principio achando tudo uma grande bobagem, para que fazer algo se existiam tantas... Mas a imagem do jovem e sua dança harmoniosa lhe perseguia. Tentou ignorar seus pensamentos e as imagens que insistiam a vir em sua mente...estrelas na areia...mar... estrelas de volta ao mar...a dança do jovem, numa cadência suave e persistente... Quanto mais tentava ignorá-las mais elas persistiam. Algo esta muito inquieto em seu ser, algo precisava ser aprendido , mas o que?

Até que surgiu uma luz aos seus pensamentos, dança, movimento, AÇÃO... O Poeta percebeu que o Jovem havia escolhido entre outras opções a de AGIR no universo, a de contribuir fazendo ALGUMA DIFERENÇA. Inquieto por ter se colocado sempre na posição de passividade, por colocar-se no mundo sempre como um observador decidiu que estava no momento de experimentar uma nova atitude. 

A noite surgiu, e o poeta , inspirado pelas estrelas do céu, rascunhou algumas linhas sobre esta nova descoberta, sobre suas inquietações e sua postura perante ao universo... A mais linda Poesia que já havia escrito.

Ao raiar do dia , se dirigiu à praia, coração batendo forte, ansioso por se juntar ao jovem. Ao encontra-lo apenas se colocou ao lado do jovem e iniciou silenciosamente a dança. Uma sensação de paz e de pertencer ao todo invadiu o seu ser...E ele pode experimentar a vida por uma nova perspectiva.

Autor desconhecido

Lembre-se que as ações vão além de atos, estão em nossos pensamentos, presentes em nossas palavras e o Universo as aceita como as exprimimos.








15 de junho de 2013

Dividir conhecimento


Em uma pequena cidade a necessidade de estar sempre aprimorando criou moradores especialistas. O ferreiro era extremamente capacitado para fazer qualquer objeto de metal. O padeiro era excelente produzindo Paes cada vez mais deliciosos. O encanador era capaz de descobrir um vazamento a distância e concertava qualquer cano com rapidez e destreza e assim todos os moradores daquela pequena cidadezinha eram excelentes em suas funções verdadeiros especialistas.Cada um fazendo apenas a sua função. 

Um certo dia ,um viajante que passava pela cidade parou no restaurante da cidade para tomar uma água e se refrescar . Decidiu descansar por alguns instantes, ficou observando as pessoas. 

Foi então que ouviu uma conversa entre o cozinheiro e o garçom. 

- Puxa esta pia esta vazando de novo! - disse o cozinheiro. 
- Precisamos chamar o encanador. – comentou então o garçom. 






O homem que ali descansava não conseguiu não intrometer-se. 



- Com licença. - disse ele. 
- Pois não senhor, deseja algo ? -perguntou o garçom. 
- Não pude deixar de ouvir a conversa de vocês, posso dar uma olhada em sua torneira? 

O garçom, sem entender direito, autorizou o homem a olhar a torneira. Ele pegou uma faca e apertou um pequeno parafuso e a torneira parou de vazar. 

O cozinheiro, muito contente, agradeceu o homem e perguntou: 

- O senhor é encanador? 
- Não,respondeu o homem, Sou médico. 

O cozinheiro e o atendente ficaram de queixo caído, muito surpresos. O Doutor, sem entender direito o que os havia espantado, perguntou: 

- Por que o espanto? 
- Aqui na cidade cada um tem uma função e seus conhecimentos e atividades não são divididos.Se todos fizessem pão o que seria do padeiro? Se todos fossem cozinheiros o que seria de mim? Cada um com a sua função, seus segredos são guardados nas família e passados de pai para filho e para mais ninguém. 

O médico não acreditou no que havia acabado de ouvir. 

- Quer dizer que aqui não se divide conhecimento? Eu venho de uma terra em que os especialistas são especialistas, como eu sou médico, mas dividimos nossos conhecimentos uns com os outros para as coisas mais fáceis e práticas como, por exemplo, lavar um arranhão e fazer um curativo, ou apertar um parafuso de uma torneira. Mesmo ensinando isso ainda tenho o meu trabalho e o encanador também tem o dele e temos mais tempo para nós e nossa família, pois dividimos pequenos conhecimentos para melhorar a vida de todos, diminuir as inseguranças, trazer mais qualidade de vida a todos, companheirismo e harmonia a cidade onde vivemos.Dividir o conhecimento é ajudar o outro a evoluir e assim todos se beneficiam. 

O cozinheiro ficou parado pensativo, e então disse: 

- O Sr tem toda razão, não tenho tempo para nada pois sou responsável por fazer comida para toda esta cidade. A partir de amanhã vou ensinar cada morador a fazer a sua comida, o trivial e assim terei mais tempo, poderei conversar com outras pessoas sobre suas experiências na cozinha e trocar idéias, aprender sobre canos, pães, curativos.Muito obrigado Doutor, o senhor me ensinou uma grande lição. Posso ser especialista, mas posso criar em cada pessoa que passar pelo meu restaurante o amor pelo conhecimento , aprender novas receitas . 



Dividir conhecimento é compartilhar qualidade de vida e nós do Dimensão, visando esclarecer dúvidas e compartilhar conhecimentos úteis no dia a dia de todos criamos o Dim Business. Um encontro com profissionais de diversas áreas para conversar, trocar idéias sobre assuntos atuais . Participe!!!                               





13 de maio de 2013.
O Farol








Ali em um Rochedo sólido está ele, o Farol. Ele se mantém Imponente e firme mantendo sua Luz acesa para guiar os navios que por ali passam.

Firme e forte parece que nada é capaz de o arrancar dali e da sua maneira em silêncio, ele ilumina o caminho dos navios que por ali passam sejam eles , velhos ou novos, pequenos ou grandes, todos eles se sentem seguros com a presença do Farol. Avistar a sua luz é certeza e garantia de porto seguro. É a garantia de que estão no caminho certo. Avistar a sua luz é certeza e garantia de porto seguro.

O Farol funciona fisicamente sem navios. Os navios não são a sua fonte de energia direta...mas são muito mais...são a sua razão de existir. Não há faróis em águas onde não passam navios!

Depois há o Faroleiro, este é invisível aos olhos dos navios que por ali passam porém este é essencial na existência do Farol. Ele é o cuidador do Farol.

Todos admiram o Farol pela sua luz, mas só o cuidador do Farol o conhece por dentro. Só o cuidador sabe o que é preciso fazer para que mesmo na pior das tempestades, quando toda a energia falha, o Farol continue a emitir como sempre. Os navios não sabem, mas aquela luz brilhante que os guia, tem por trás 24 horas diárias de dedicação do Faroleiro...a maior parte das vezes na sombra, de forma discreta e pouco notada.

Só o Faroleiro AMA verdadeiramente o Farol.

Porém um faz parte do outro em sua composição. Para existir Farol é necessário o Faroleiro , para existir Faloreiro é necessário que exista o Farol....

E assim somos nós seres humanos, o Farol, o que somos para o mundo, para as pessoas que estão a nossa volta e o que eles recebem e percebem de nós, o que o mundo vê, nossos comportamentos e atitudes que influenciam a vida de todos que passam a nossa volta, cabendo ao Faroleiro,o nosso verdadeiro Eu, nossa essência, nossas emoções e desejos mais íntimos mantê-lo aceso, iluminado...

Para se viver em Harmonia , ter plenitude e felicidade é necessário que os dois se complementem, que o Farol tenha os reconhecimentos e que o Faroleiro mantenha vivo os sonhos e os sentimentos que mantém o Farol sempre aceso. 

Fica a pergunta Você tem cuidado do seu Farol?

Até mais

Fabiana de Thomaz




Dar de si mesmo.




Laurinha, embora contasse apenas com oito anos de idade, tinha um coração generoso e muito desejoso de ajudar as pessoas.
Certo dia, em uma aula ouvira a professora, explicando sobre da importância de se fazer caridade, e Laurinha pôs-se a pensar no que ela, ainda tão pequena, poderia fazer de bom para alguém.
Pensou...pensou... e resolveu:
-         Já sei! Vou dar dinheiro a algum necessitado.
Satisfeita com sua decisão, procurou entre as coisas de sua mãe e achou uma linda moeda.
Vendo Laurinha com dinheiro na mão e encaminhando-se para a porta da rua, a mãe quis saber onde ela ia.
Contente por estar tentando fazer uma boa ação, a menina respondeu:
-         Vou dar esse dinheiro a um mendigo!
A mãezinha, contudo, considerou:
-         Minha filha, esta moeda é minha e você não pode dá-la  a ninguém porque não lhe pertence.
Sem graça, a garota devolveu a moeda à mãe e foi para a sala, pensando...
-         Bem, se não posso dar dinheiro, o que poderei dar?
Meditando, olhou distraída para a estante de livros e uma idéia surgiu:
-         Já sei! A professora sempre diz que o livro é um tesouro e que traz muitos benefícios para quem o lê.
Eufórica por ter decidido, apanhou na estante um livro que lhe pareceu interessante, e já ia saindo na sala quando o pai, que lia o jornal acomodado na poltrona preferida, a interrogou:
-         O que você vai fazer com esse livro, minha filha?
Laurinha estufou o peito e informou:
-         Vou dá-lo a alguém!
Com serenidade, o pai tomou o livro da filha, afirmando:
-         Este livro não é seu Laurinha. É meu, e você não pode dá-lo a ninguém.
Tremendamente desapontada, Laurinha resolveu dar uma volta. Estava triste, suas tentativas para fazer a caridade não tinham tido bom êxito e, caminhando pela rua, continha as lágrimas que teimavam em cair.
-         Não é justo! – resmungava. – Quero fazer o bem e meus pais não deixam.
Nisso, ela viu uma coleguinha da escola sentada num banco da pracinha. A menina parecia tão triste e desanimada que Laurinha esqueceu o problema que a afligia.
Aproximando-se, perguntou gentil:
-         O que você tem Raquel?
A outra, levantando a cabeça e vendo Laurinha a seu lado, desabafou:
-         Estou chateada, Laurinha, porque minhas notas estão péssimas. Não consigo aprender a fazer contas de dividir, não sei tabuada e tenho ido muito mal nas provas de matemática. Desse jeito, vou acabar perdendo o ano. Já não bastam as dificuldades que temos em casa, agora meus pais vão ficar preocupados comigo também.
Laurinha respirou,  aliviada:
-         Ah! Bom, se for por isso,  não precisa ficar triste. Quanto aos outros problemas, não sei. Mas, em relação à matemática, felizmente, não tenho dificuldades e posso ajudá-la. Vamos até sua casa e tentarei ensinar a você o que sei.
Mais animada, Raquel conduziu Laurinha até a sua casa, situada num bairro distante e pobre. Ficaram a tarde toda estudando.
Quando terminaram, satisfeita, Raquel não sabia como agradecer à amiga.
-         Laurinha, aprendi direitinho o que você ensinou. Não imagina como foi bom tê-la  encontrado naquela hora e o bem que você me fez hoje. Confesso que não tinha grande simpatia por você. Achava-a orgulhosa, metida, e vejo que não é nada disso. É muito legal e uma grande amiga. Valeu.
Sentindo grande sensação de bem-estar, Laurinha compreendeu a alegria de fazer o bem. Quando menos esperava, sem dar nada material, percebia que realmente ajudara alguém.
Despediram-se, prometendo-se mutuamente continuarem a estudar juntas.
Retornando para a casa, Laurinha contou à mãe o que fizera, comentando:
-         A casa de Raquel é muito pobre, mamãe, acho que estão necessitando de ajuda. Gostaria de poder fazer alguma coisa por ela. Posso dar-lhe algumas roupas que não me servem mais? – Perguntou, algo temerosa, lembrando-se das “broncas” que levara algumas horas antes.
A senhora abraçou a filha, satisfeita:
-         Estou muito orgulhosa de você, Laurinha, Agiu verdadeiramente como uma pessoa caridosa, ensinando o que sabia. Quanto às roupas, são “suas” e poderá fazer com elas o que achar melhor.
Laurinha arregalou os olhos, sorrindo feliz e, afinal, compreendendo o sentido da caridade.
- É verdade mamãe. São minhas! Amanhã mesmo levarei para Raquel. E também alguns sapatos, um par de tênis e uns livros de histórias que já li.

Ofereça aquilo que tem... Ofereça aquilo que você pode e esta pronto para dar... e acima de tudo não espere nada em troca...


Um comentário:

  1. Estava na expectativa, Farol
    Vejo da seguinte forma, Foral iluminando, monstrando direção, afastando dos obstaculos, qtos "marinheiros" não veem, ou não seguem a luz que silenciosamnte mostra o caminho da viagem.
    E o farol ali apenas torcendo para ser visto. ze

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